Enquanto o silêncio invade a porta o passo corre acelerado em direção ao nada. O vento sopra um frio que vem da esquina invadindo a cidade. Sim, a beleza sobra aqui! A menina chega sem intenção de ser feliz, e em mim sobra um espaço no qual nem eu sei que existia. Um rock toca sobre as coisas boas que restaram. Ela? Ela cochila no sofá pensando no dia de amanhã. Estranho imaginar que a pouco nos divertíamos em algum bar do planeta e trocávamos olhares apaixonados. E agora sem entender o porque os olhares pouco se cruzam em frações pequenas, sem entender a indiferença do instante, vou vivendo a espera de saber o que o rumo errado me trará na longa estrada chamada: Vida! Viver é não saber o que virá e não esperar NADA!
Sou um pensamento ainda desordenado procurando um lugar para repouso. Meus pés caminham em um mistério e sou um nada indizível. A vontade de ir é confusa e de ficar pairando é mais ainda. Sou uma metamorfose fluente do vazio Uma metáfora desfalcada sem conceito Eu sou um poeta do flow.
Não durmo. Não tenho sede e nem saliva. Minhas pálpebras pesam sobre a luz. Sinto fome exacerbada e congelo sobre a insônia que me perturba. Eu sou vazio e vida. Sou solidão e multidão Eu sou saudade.
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