Transmutar-me


Aqui nessa desordem, os pássaros saem voando pela minha janela querendo mais liberdade.
As coisas estão estacionadas, precisando de um ponto de partida. 
E tenho plena convicção que sou eu que tenho que abrir essa janela.

O parque de diversões está pronto para iniciar sua jornada, mas é difícil por ser uma jornada tão intrínseca. Vejo as horas passarem sem nenhum sentido concreto. 
Dentro de mim não existem certezas, só ambições. E mesmo com todas as ambições sinto medo de sair da minha órbita.
Mas, que órbita é essa que me consome? Até quando vou deixá-la consumir? 
Deixar que o medo cegue-me das mudanças tão necessárias pra vida.
O problema não são pessoas, nem meu trabalho, nem as outras diversas coisas da vida.
Quem cria as adversidades sou eu, só eu tenho o poder de pegar o primeiro bonde e girar o mundo ao meu redor.

Quero respirar a vida e celebrar-me. 
Sentir meu sorriso solto e autêntico.
Quero transmutar-me.

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